O Ser Humano é em sua essência, egoísta. É corruptível. É ganancioso. É egocêntrico.
Começar um texto com esse olhar tão pessimista sobre o ser humano não é algo que gosto de fazer.
Mas a grande verdade, é que todos já ouvimos essas constatações. E ainda pior. Muitos, acreditam nela.
Eu não acredito. Jamais conseguiria viver se acreditasse que nossa essência é ruim.
Não é. Somos seres oriundos da Fonte. E essa fonte é amor.
É assim que eu penso e sinto.
Mas sim, temos inúmeras atitudes egoístas, maldosas, gananciosas e corruptas. Todos nós.
Mas isso não quer dizer que essa seja nossa tendência natural, inata.
O que nos move a agir?
Será que não estamos a maior parte do tempo nos defendendo? Vivendo baseados em crenças tão equivocadas, que somos obrigados a criar um bloqueio que nos mantenha longe de acessar nossa amorosidade, já que tantas vezes nos machucamos por conta disso?
São as relações, nossa maior fonte de aprendizado, e esses aprendizados incluem dor, sofrimento, pois quantas vezes vivemos perdas, decepções, abandono, rejeições, abusos?
É uma lista tão grande de dores relacionadas às relações, que o instinto de preservação, muitas vezes fala mais alto.
A mente nos convence que é melhor se fechar, não se mostrar por inteiro, criar armaduras, máscaras, personagens, assim nos protegemos da invasão do outro. Se nos permitirmos amar, nos render, nos doar, e o outro for embora, ou nos magoar, a dor é muito grande, então evitamos…
E assim, escolhendo a defesa, evitamos vivenciar as experiências mais sagradas, que como seres humanos, temos o privilégio de vivenciar! A experiência sagrada de abrir as compotas para que o amor transborde.
Penso que todo o sofrimento vem de represar essa expressão. A necessidade de deixar fluir esse sentimento é tão grande, que quando não o fazemos, trancamos dentro de nós um tsunami. E isso vai nos corroendo, nos adoecendo, e de certa forma nos enlouquecendo.
Distribuir afeto entre outros seres, que sejam humanos, animais, vegetais, nos traz um sentimento sublime. Claro que você já experimentou isso. Quando você faz algo de bom pelo outro.

Aquela ação que  genuinamente fluiu a partir do seu coração e fez bem a alguém, provavelmente trouxe uma profunda satisfação a você mesmo. É daí que percebemos que essa é a nossa natureza.
A de contribuir e não mesquinhar afeto.
A mesquinhez parte desse bloqueio de proteção, do medo, da insegurança, da falta de confiança na abundância.
Nos fizeram e continuam trabalhando arduamente em nos fazer acreditar que os recursos são escassos.
Não são!
A falta está na nossa mente, e enquanto nos privarmos de sermos maravilhosamente o que viemos para ser, continuaremos limitados a uma experiencia precária de vida.
Perdemos a chance de uma interação de tanta riqueza, profundidade e crescimento.
Imagina liberarmos nosso potencial amoroso, sem medo?
Imagina oferecermos nosso melhor ao outro?
Imagina apenas amarmos, sem nada esperar?
A que nível isso pode nos elevar como seres humanos?
Só saberemos na ação…

Vamos experimentar?