Esse conceito, essa palavra é uma das que mais tem aparecido, ultimamente em matérias, pesquisas de google, documentários, artigos, você reparou?
Imagino que diversos sentimentos surjam nas pessoas quando ouvem falar do veganismo, ou descobrem que algum amigo seu acabou de se tornar vegano. Sentimentos de curiosidade, desdém, admiração, e até perda são alguns que eu já identifiquei nas pessoas ao meu redor.
Perda, porque algumas pessoas do nosso convívio, podem achar que “perderam” o amigo.
“Agora que fulano tornou-se vegano, já era!”
Imaginam que não será mais uma figura presente nos eventos sociais, nos jantares, encontros, festinhas… Ou que até poderá aceitar o convite, mas vai ficar falando mal do churrasco, e fará a turma se sentir inadequada, culpada, ou fraca… Esse ser, agora vegano, também incorporou em sua definição as palavras: chato, anti-social, e radical.
Portanto a decisão de tornar-se vegano, também inclui encarar o julgamento que os outros farão ao seu respeito…
Mas para alguém que tomou decisão, isso importa?
O que de fato está por trás dessa atitude de alguém que escolhe essa forma de viver?
Não posso falar por todos, mas vou falar por mim.
Sempre fui uma pessoa questionadora, e não aprecio a maneira violenta que as pessoas estão vivendo no mundo, ainda hoje.
Sinto que aquilo que não concordo, não aprecio e não faz parte dos meus valores e ideais de vida, não posso mudar no outro, mas posso mudar em mim.
Tenho muitos sonhos e um deles é viver em um mundo com mais justiça, mais amor, mais paz, mais respeito.
Paz pra mim, é ausência de violência, de maus tratos.
A violência a qual o ser humano tem submetido os animais é de uma crueldade inaceitável.
Justiça é quando todos tem seus direitos preservados, e o direito de vida e de liberdade dos animais está desrespeitado.
Hoje os animais vivem como escravos. Como se estivessem aqui, apenas para servir o ser humano.
Sou contra violência, e sou contra tirarmos a vida de outro ser, ainda mais um ser inocente.
Então seria hipocrisia da minha parte sustentar uma indústria que mata animais, não é mesmo?
Se eu não mato um animal, não faz sentido pagar para que outro o faça!
Amor pra mim, é um mundo onde a natureza, o meio ambiente, Gaia, o nosso lar, é tratado com a sacralidade que merece. Isso significa, agir para preservá-la, honrá-la, cuidá-la. E sabemos que o consumo de animais e seus derivados, é responsável pela devastação das florestas e matas, pela poluição do ar, dos rios, dos mares, das nossas águas.
Respeito para mim, envolve cuidar do meu corpo, a morada da minha alma. E isso depende do conhecimento do que é bom pra ele, de que tipo de alimento ele precisa, e de que tipo de energia está impregnada nos alimentos.
A energia de sofrimento e morte pela qual aquele animal passou, está presente em sua carne, e em seus fluídos.
Tornar-se vegano é uma decisão da Consciência.
Quando você se torna consciente de como quer agir no mundo, de como vai criar o mundo que sonha viver, de como é estar coerente com seus valores e ideais. Do que de fato você quer fazer parte, e o que não mais admite participar.
Quando algo maior rege seu comportamento, é o momento onde você não se importa mais com o que os outros vão pensar a partir dessa decisão.
Você não se importa mais se vai ou não ser convidado para os eventos sociais, pois sabe que quem é seu amigo de verdade, vai te respeitar e te aceitar nessa sua nova versão.
E se você é amigo de verdade dos seus amigos onívoros, também irá respeitá-los, pois sabe que você também já comeu carne, e achava isso ok.
Quando você toma essa decisão, você não sofre mais de vontade de comer um hamburguer, um sashimi ou um queijo brie. O preço que se paga por esses prazeres é muito alto. Significa participar da matança, da violência, da destruição do nosso meio ambiente. Você passa a amar mais os animais, do que o sabor dele… morto.
Você descobre novos sabores, novas texturas, novos prazeres, mais alinhados com sua nova maneira de pensar, que é mais amorosa, mais saudável, mais ecológica, mais consciente…
Essa decisão não pode ser feita a partir de um modismo, ou encarada como uma privação.
Há algo maior em você que decide, que vira uma chave, que reconhece que não nos faz bem termos essa atitude cruel em relação a outros seres. Seres que dividem nosso planeta conosco, que procriam, que sentem dor, que sentem alegria, que sentem, mas que não são capazes de se defender sozinhos, que não podem se libertar, ao menos que nós, seres humanos, possamos interferir.
Essa decisão envolve abdicar de algo que você está acostumado, que é bom para o seu paladar, por um bem maior. Você para de pensar só em si, e pensa em nós, como espécies, como seres cooperativos convivendo na mesma casa, como planeta!
Se você já começou a se incomodar, ou pelo menos questionar o consumo de animais, sugiro que parta para uma pesquisa! Estude, leia, assista aos documentários. Existe material sério mostrando como o consumo de animais e seus derivados está associado a doenças. Como o consumo da dor e sofrimento deles, torna o ser humano mais raivoso, mais bélico.
Pode ser que a partir daí, desse conhecimento surja em você também esse desejo de criar um mundo mais pacífico!
Um mundo ahimsa, sem violência! Um mundo onde preservamos nossos campos, e mantemos nossas águas limpas… um mundo onde nossa Consciência expanda em direção ao amor e profundo respeito entre todos os seres…
Esse é o mundo que quero viver… por isso, sou vegana!
Autora do Encontro Essencial.
Espaço de Consciência em Alimentação, estilo de vida, bem-estar.
Integrative Health Coach.
Certified Nutrition Coach by David Wolfe Nutrition
Certified in INN - Integrative Nutrition Health Coach
Certified in Health and Wellness Coaching by Wellcoaches and Carevolution
Consult in plant-based food.
Consultoria em Alimentação Consciente
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